quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

O sono tem influência direta na capacidade de aprender

Crianças e adolescentes que dormem bem têm maior facilidade para compreender e memorizar novas aprendizagens.


A qualidade e quantidade de sono afetam a disposição do corpo e a prontidão da mente para selecionar e armazenar as inúmeras informações a que é exposta durante o dia. O período de sono é formado por diferentes etapas, durante as quais processa tipos específicos de informações. Durante os primeiros minutos, por exemplo, o cérebro encontra-se mais apto para gravar melodias; já o ciclo final do sono é o período no qual as informações ligadas ao raciocínio lógico-matemático são armazenadas; é também nesta etapa do sono que ocorrem os sonhos e há uma rápida movimentação dos olhos sob as pálpebras cerradas (sono REM).
A medicina conta atualmente com recursos tecnológicos avançados; por meio de aparelhos de ressonância magnética é possível comprovar que é durante o sono, mais precisamente na fase REM (rapid eyes moviment), que as informações aprendidas durante o período de vigília consolidam-se. Todo esse percurso realizado pelos fatos, conceitos e procedimentos aprendidos em estado de alerta, ocorre graças à redução de uma substância química, a aceticolina. A diminuição dessa substância é que torna possível a migração das informações gravadas na memória recente para a memória de longo prazo.
Uma equipe de estudiosos da Universidade de Harvard elaborou uma série de pesquisas que comprovam a queda de rendimento intelectual e a baixa capacidade de memorização, observadas em um grupo de crianças e adolescentes depois de uma noite de sono de baixa qualidade. Este mesmo grupo, após um intervalo de descanso com cochilos de 40 a 60 minutos, apresentou significativas melhoras em seu desempenho. Os estudos realizados pela Universidade Americana, concluíram ainda que, os indivíduos adeptos de rotina regular composta de oito horas seguidas de sono apresentaram, em média, recursos de memorização 40% superiores àqueles submetidos a seis horas diárias de repouso.
Neurocientistas alemães da Universidade de Lübeck recomendam ainda que, as ideais oito horas seguidas de repouso tenham seu término por volta das 6 horas da manhã, estágio em que o cérebro encontra-se recuperado, graças ao repouso adequado. No entanto, leva pelo menos duas horas para que os bilhões de neurônios voltem à atividade plena; isso ocorre pela liberação de cortisol e dos hormônios da tireóide que estimulam as funções neuronais por um período aproximado de quatro horas. Este estudo, portanto, garante que nenhum estudante deveria entrar em aula antes das 8 horas da manhã.
Outra descoberta interessante aponta para a ocorrência de um período extremamente favorável à revisão daquilo que foi aprendido durante o dia; esse momento acontece doze horas depois do horário em que o indivíduo despertou; graças à ação de proteínas específicas.
Os pesquisadores apontam também para o fato de que, após quinze horas de vigília, o cérebro dos indivíduos entra num período de declínio em seu ritmo de funcionamento, graças à liberação da melatonina; o que só ocorre à noite, na ausência da luz. Esse hormônio tem seu ápice de atuação após quatro horas de sono. Assim, encerra-se um ciclo perfeito de repouso e vigília que garante ao indivíduo as mais adequadas condições para o trabalho mental; o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático; a absorção e aplicação de novas aprendizagens.

fonte: blastingnews

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